segunda-feira, 24 de setembro de 2007

DHEA - O Super-hormônio do Antienvelhecimento

Fonte: Timothy J. Smith, M.D

Imagine uma substância natural que gere sensação de bem-estar e retarde o processo de envelhecimento. Você tomaria?

Eu tomaria. Na verdade, eu tomo. Se pudesse tomar apenas um suplemento, escolheria o DHEA. Não só porque aumentaria meu tempo de vida, mas também pela sensação de bem estar que ele gera.

O DHEA é a “superestrela dos super-hormônios”, sugere Dr. Wiliam Regelson, oncologista do Medical College of Virginia, em Richmond, no livro Super-Hormônio: O Antídoto Natural contra o Envelhecimento (Editora Record, 1998). Ele alega que o DHEA rejuvenesce praticamente qualquer sistema orgânico, e por isso “melhora o bem-estar, a aparência e o pensamento”.

A glândula supra-renal é responsável pela produção de DHEA. Na verdade, a cascata de hormônio da supra-renal começa com o colesterol, matéria prima para o hormônio cerebral pregnenolona. A pregnenolona é então transformada em DHEA. E o DHEA serve como matéria-prima para a fabricação de todos os outros hormônios importantes secretados pela glândula supra-renal – inclusive o hormônio do estresse cortisol.

O DHEA é o hormônio mais abundante no corpo humano. Mas a produção chega ao seu pico por volta dos vinte e poucos anos. Daí em diante, quanto mais envelhecemos, mais cai o nível de DHEA. Ao 40 anos, o organismo produz metade de DHEA que produzia antes. Aos 65 anos, a produção cai para 10 a 20% da quantidade ideal; aos 80, cai para menos de 5% do nível ideal.

Devido aos efeitos abrangentes do DHEA, o declínio de sua produção se faz sentir por toda parte, em todos os sistemas, órgãos e tecidos do organismo. O sistema imunológico é especialmente sensível a menor produção de DHEA, abrindo as portas não apenas aos vírus, bactérias e outros micróbios como também aos radicais livres e à caixa de Pandora de doenças degenerativas causadas por eles.

Diversos estudos sugerem que, quanto menor o nível de DHEA da pessoa, maior o risco de morte por doenças relacionadas com o envelhecimento. Em um estudo realizado por Elizabeth Barrett-Connor, famosa pesquisadora da área hormonal, médica, professora e chefe do departamento de medicina preventiva da Universidade da Califórnia, San Diego, monitoraram-se os níveis de DHEA em 242 homens de 50 a 79 anos de idade durante 12 anos. O estudo revelou forte correlação entre os maiores níveis de DHEA e o menor risco de morte decorrente de todas as causas. Entre os indivíduos que sobreviveram, o nível de DHEA era três vezes maior do que entre os que morreram.

Pesquisas indicam que baixos níveis de DHEA seriam responsáveis por muitas doenças degenerativas e pelo envelhecimento acelerado. Considerou-se o envolvimento do hormônio em diversos problemas de saúde, entre eles o Mal de Alzheimer, doenças auto‑imunes e outras doenças imunológicas, o câncer, a síndrome da fadiga crônica, o diabetes, doenças cardíacas, colesterol alto, problemas de memória, obesidade, osteoporose e distúrbios provocados pelo estresse.

E mais: indícios coletivos indiretos provenientes de mais de cinco mil estudos publicados sustentam com veemência a função antienvelhecimento do DHEA. Os cientistas hoje dispõem de provas de que o DHEA:

Aumenta a imunidade;
Diminui o risco de doenças cardíacas;
Melhora o controle do açúcar no sangue, reduzindo o risco de diabetes;
Previne e reverte a osteoporose;
Protege contra alguns tipos de câncer;
Reverte o efeito de aceleração do envelhecimento provocado pelo cortisol, o hormônio do estresse.

A terapia de reposição de DHEA traz enormes benefícios à saúde e é praticamente isenta de riscos. Houve quem tomasse doses de até 1600 miligramas diariamente, durante um mês, sem reações adversas.

Costumo testar os níveis de DHEA em todos os meus pacientes de mais de 40 anos. Se o resultado indicar deficiência (o que invariavelmente acontece), geralmente recomendo a terapia de reposição de DHEA. Indico artigos informativos sobre o DHEA e, juntos, o paciente e eu chegamos a uma decisão.

A dose diária remendada varia de 10 a 50 miligramas para mulheres e de 25 a 100 miligramas para homens. (As mulheres precisam de menos DHEA do que os homens.) Geralmente começo – tanto no caso de homens como no de mulheres – com 25 miligramas uma ou duas vezes ao dia. A dose inicial é determinada pelo sexo do paciente e pelo nível básico de DHEA (quanto mais baixo o nível, maior a dose inicial).

Depois de um mês, peço um novo exame ao paciente. Aumento a dose até o nível de DHEA do paciente chegar aos níveis de um paciente do mesmo sexo vigente aos 30 anos: entre 200 e 300 microgramas por decilitro de sangue para as mulheres e entre 300 e 400 microgramas por decilitro de sangue para os homens. Depois que os níveis de DHEA do paciente se estabilizam dentro da faixa desejada, os exames podem se realizados duas vezes por ano.

CUIDADO COM AS IMITAÇÕES - O DHEA por ter se tornado uma das substâncias mais vendidas no mundo, também se tornou a que apresenta a maior variedade de apresentações, existindo no mercado produtos de todos os tipos e preços. Ao escolher DHEA assegure-se que você está comprando uma apresentação contendo o hormônio verdadeiro de Grau Farmacêutico e Não Inhame Mexicano. Desconfie sempre das apresentações com preços baratos, pois produtos comerciais de DHEA são feitos de diosgenina, um extrato do inhame selvagem mexicano da família Dioscorea. Por meio de uma série de conversões químicas, os bioquímicos podem converter a diosgenina em DHEA. Existem no mercado inúmeros produtos de inhame encapsulados que alegam ser “precursores da DHEA” ou “DHEA natural”. Infelizmente, o organismo humano – ou qualquer sistema vivo – não converte diosgenina em DHEA. Isso só pode ser feito em laboratório. Segundo um famoso especialista em DHEA, Seymour Lieberman, Ph.D, do St. Luke’s - Roosevelt Hospital Center, na cidade de Nova York, a ingestão de extratos da planta Dioscorea não pode levar à formação de DHEA no organismo. Produtos que contenham inhame mexicano ou diosgenina não-convertida podem produzir outros efeitos hormonais benéficos, mas não aumentam os níveis de DHEA. As pesquisas que revelaram os efeitos terapêuticos de DHEA foram todas realizadas com o hormônio verdadeiro, não com extrato de inhame. Leia o rótulo e insista em pedir DHEA de Grau Farmacêutico e Não Inhame Selvagem.

Vale esclarecer que, atualmente, de acordo com regulamentação dos EUA, o FDA permite a VENDA LIVRE do produto sem a obrigatoriedade de prescrição médica, pois lá o DHEA não é considerado uma medicação porque é produzido no próprio corpo, sendo então classificado com suplemento alimentar, tal como são as vitaminas. O DHEA por ser natural não possui efeitos colaterais nem induz a dependência, além de não perder a eficácia ao longo do uso.


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Este artigo tem somente o propósito informativo e não tem a intenção de substituir uma orientação médica. O uso de VITAMINAS, MINERAIS ou outros SUPLEMENTOS pode trazer excelentes resultados para você, mas a automedicação não é recomendada. Consulte sempre um MÉDICO ORTOMOLECULAR ou outro ESPECIALISTA para a sua avaliação e acompanhamento quando se tratar de assuntos relacionados à sua saúde.